Livre em Cativeiro

Assim como um pássaro de grande plumagem, criado para voar e voar alto,
Mas teve suas asas cortadas. e engaiolado ficou em cativeiro.
Assim me sinto vivendo essa minha vida limitada.
Creio que o pássaro que sofreu tal fatalidade não se conforma com sua triste realidade, seus pensamentos estão nas nuvens, alçando grandes vôos.
Assim sou eu, meu corpo está preso, em um cativeiro de limitações físicas, porém meu ser, meu espírito, voam livres, fazem os mais altos vôos.
Vôo acima das circunstâncias externas, sempre estou naquele lugar alto, onde Cristo está assentado, O qual levou cativo o cativeiro e me fez assentar consigo: nas regiões Celestiais – Assim tem me garantido o Sagrado Livro, no qual tenho crido.
Sinto-me livre mesmo estando cativa pela minha deficiência física, não vivo em torno do que ela me torna incapaz, vivo pela fé, que me leva muito mais além do que esta realidade física me traz.
Através da fé vôo alto, vôo acima dos meus limites, vou até há um lugar, onde nada me prende, lá ando, corro, canto, danço a mais linda musica do Amor. Nessa dimensão maior sou quem de fato sou, uma pessoa livre de limites físicos, feliz, satisfeita completa, sem deformidade no meu corpo, mas alcanço a mais perfeita beleza, beleza da alma e do espírito, que me faz sentir uma princesa, uma princesa feliz, amada, que vive no Reino do grande Rei, que em todo o tempo me cerca com amor, ternura e Paz. Isso não são utopia, nem fantasia. Mas é a realidade da fé, que vai muito além desta mera existência terrena.
Creio em um Deus invisível, mais real, cujo poder é infinito, ilimitado, o qual não está preso ao tempo e nem ao espaço. É ele quem me dá asas para voar, mesmo eu sendo limitada, é Ele quem me faz andar nas alturas, quem me faz ser livre mesmo em um cativeiro de limites físicos.

Como diz as Sagradas Escrituras:
“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”. (Isaias 40.31)
“Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem”. (Romanos 4.17)
Por isso reafirmo: meus vôos de liberdade não são utópicos, Porque o Deus do qual sou e a quem sirvo me faz ser livre mesmo estando em cativeiro.
Autora: Rosângela Rodrigues